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O QUE LEVAR E O QUE NÃO: Impressões do "depois"

Depois de quase um mês desde o último post, finalmente eu resolvi aparecer! Não, eu não morri, não fui sequestrado nem assassinado! O que de fato aconteceu é que toda a felicidade que eu tenho em me preparar para uma viagem completamente desaparece quando eu volto. Tenho uma dificuldade imensa para desfazer a mala e arrumar as coisas onde elas pertencem. Parece que estou sendo obrigado a me desfazer de uma rotina muito confortável de entrar e sair de ônibus e albergues, de conhecer pessoas incríveis e dizer tchau para elas dois dias depois. Precisei de uma semana de ambientação à minha vida normal antes de voltar ao Mochileiro.


Sobre a viagem? Só posso dizer que foi absolutamente sensacional. E direi apenas isso por hora! Vou fazer um post explicando tudo melhor posteriormente. Hoje, a intenção aqui é outra! Antes de sair fiz as minhas impressões do "antes" no que se refere à preparação da mala. E agora que voltei, vou fazer a impressão do "depois", para completar o ciclo! Vamos lá!


O que levei?


Tinha falado no último post tudo que levei, mas vamos recordar! :)


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Achei que fui bastante feliz quando fiz a mala! Tudo coube perfeitamente nos 60L que eu tinha disponíveis. Fui feliz, mas ainda acho que poderia ter melhorado! Manterei algumas coisas na cabeça para meu próximo mochilão (aliás, depois de um primeiro mochilão eu te desafio a querer viajar de qualquer outra forma!). E para você que nunca fez um mochilão ou se está procurando dicas para revisar o que realmente é necessário e o que não, espero que possa ajudar um pouco.


O que levei que foi útil e o que foi Inútil?


Para um mochilão é difícil diferenciar útil de essencial. E é exatamente isso que devemos manter na cabeça quando arrumamos a mala: levar apenas o essencial. Então, basicamente, tudo me foi últil. Não deixei de usar nada que levei. Justamente por isso, não considero nada que levei inútil. Porém, eu poderia ter repensado algumas coisas.


Por exemplo. Acho que levei camisetas demais. 4 teria sido o número ideal. Também poderia ter deixado uma das camisas de lado. Levei uma a mais pensando nos dias que pegaria uma balada mais legal, mas sendo homem, você pode colocar uma camiseta qualquer e está bem vestido. Fora que se compararmos com o restante dos mochileiros que se encontra por aí, você vai estar super bem vestido! Por isso, deixaria uma de lado.


Também acho que acabei exagerando nos remédios. Como eu disse, levei uma pequena fortuna em remédios, mas o único que eu usei (para minha surpresa), foi o Imozec - conto a história depois. Teria sido incômodo comprar remédios caso necessário pelo meio do caminho? Seria! Mas eu teria economizado dinheiro e "peso" na mochila. Mas acho que isso varia de pessoa para pessoa. Se você é meio hipocondríaco e se sente mais seguro rodeado de remédios, então leva! Eles não pesam nem ocupam espaço na mala, então talvez seja melhor previnir. Mas, no meu caso, considerei desnecessários.


Ouço muitas pessoas dizendo que o Travesseiro de Viagem é item essencial. Eu fiz uso dele, mas teria passado sem. Levei porque "sobrou espaço" na mala, mas certamente teria trocado pelas coisas que senti falta...


O que eu não levei que senti falta?


Lembram-se que eu comentei que viajar em Setembro estava se provando ser uma via de duas mãos, uma faca de dois gumes? Pois é! Essa ideia se provou verdadeira. O clima era estranhamente variável. Durante o dia podia fazer um calor bem seco com um sol muito forte na sua cabeça, mas bastava o sol dar o mínimo sinal de sumir no horizonte que caía uns 10 graus, sem brincadeira!


Sentimos isso especialmente claro no Deserto de Sal. O problema é que quando o sol sumia de vez, a temperatura caía demais. E a minha aposta em "camadas" e não em um casaco de neve e em não levar um par de luvas foi, talvez, errada! Passei bastante frio em alguns dias e esses dois itens teriam sido úteis. Teria trocado o travesseiro por eles sem pensar duas vezes. Em todos os outros dias estava 100% aquecido com as minhas camadas. Mas nos dias do tour do Salar, desejei ter feito escolhas diferentes.


Também senti falta de espaço para armazenamento de fotos. Talvez, ao invés de levar um pen drive, devesse ter investido e comprado um cartão de memória de 64GB ou dois de 32GB ou algo assim. Perdi muito tempo passando fotos do cartão para o pen drive. Além disso, nem sempre se acha um computador, então você pode ser obrigado a deletar algumas fotos. E tem o incrível incômodo de não poder ter fácil vizualização das fotos no pen drive. Por isso, aconselho cartões de memória maiores, mesmo que sejam mais caros.



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Bem, de maneira geral foram essas as minhas impressões do "depois". Acho que para um primeiro mochilão, tudo deu muito certo! E sinceramente, fique despreocupado! Você só não pode esquecer 3 coisas: passaporte, dinheiro e câmera. Para todo o resto se dá um jeito (especialmente se você tem bastante do segundo item! Aí pode até esquecer a câmera)! Você encontra tudo que precisar em qualquer canto do mundo!

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